O POEMA DESPRETENSIOSO DA PISCINA
E se eu ficar quadrado
no feriado, com cara de quem é d’água
e com os olhos azulejados,
não se espante, pule na minha ideia!
O poema é um refresco fácil
(e sem cloro para os cabelos),
as palavras que boiam, suaves,
hão de lhe deixar à vontade
contando os aviões da cidade
enquanto saborear um gole de paz.
Amanhã é outra história,
Pula na minha ideia, saia de si
de camiseta, pega a bicicleta
e vai por minha atlântica
Além do canal careta de televisão.
Se você me vir quadrado,
não se aprofunde, um mergulho
não precisa ser uma expedição abissal,
relaxe e curta o fundo
azulejado dos meus olhos rasos.
"LEGALAIZE" a pressão aqui nas minhas ideias.
Esteja à vontade para ver sereias...
caras areias de Cancún,
a bronze carne de ibiza,
vá ver se estou em Ramos
ou qualquer abastado piscinão.
Se eu ficar quadrado na sua frente
Invente logo o seu motivo,(um paraíso!)
Troque de humor, bote biquini,
Sunga, molhe-se na minha estância.
E da panorâmica sob os óculos escuros,
não desça daí, continua aí à toa,
viver pode ser de bobeira
um nado livre(uns versos brancos) numa boa.
Haroldo Leão
Haroldo Leão
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