ela
começa de um sorriso:
mas é preciso abri-la por meio de um beijo
depois ela cresce
cresce
como uma roseira acelerada
o ramo dos braços abre-se em lentos jardins
adiante
ela é um grito, muito,
muito baixo, um vento
espiral nos meus ouvidos
e quando as casas pedem apaguem-nos
ela: amanhece
claridade de sexo
a constelar meus olhos de nuvens, seios...
é quando as cabeças piscam sonhos
ela:
acorda-me as faunas
e não há o que a interrompa
após largar-se das pétalas
depois, muito depois, ela é um círculo
e coincide de novo
com a minha linha
Haroldo Leão
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir